Por Facundo Crescenzo, nutricionista e antroprometrista (M. N. 6769).
Quantas vezes já ouvi “hacete uma hiperproteica que eu baixei 5 kg em um mês“? Agora, alguém poderia perguntar o que baixou os quilos… você Gordura? O Líquido? O massa muscular?
A realidade é que o corpo humano tem um limite máximo dequeima de gordura por dia, o que costuma rondar os 80-100 g em homens e 50-60 g em mulheres, dependendo do nível de adaptação ao exercício que se pode ter e, sempre, com a restrição calórica adequada.
O que é que faz com que um desça tão abruptamente com um plano mais baixo em hidratos de carbono? Absolutamente todos nós temos reservas de glicogênio (carboidratos) no fígado e nos músculos. Essas reservas são as que usamos para obter energia, tanto em momentos de treino (para manter o desempenho), como em tempos de jejum (para manter estável a glicemia). O mecanismo fisiológico que acontece em situações normais é reduzir ou consumir essas reservas nas situações referidas e, em seguida, reponerlas ao realizar a ingestão de frutas, legumes, massas, cereais, legumes. etc.
Por ser uma dieta restritiva em estes grupos de alimentos, as reservas não são repostos, e parte do peso que diminui se deve tanto ao nutriente perdido como o líquido é armazenado com o mesmo. Este último é o motivo pelo qual observamos um aumento no volume de urina diário.
O que nos arriscamos a fazer essas dietas?
• Não estar ingerindo os alimentos que são fonte principal de energia para o nosso funcionamento, a primeira coisa que devemos observar será fadiga muscular, cansaço, tanto físico como mental (já que a glicose é o combustível principal do cérebro) e irritabilidade.
• Se seguirmos encontrassem; durante dois anos em nosso corpo, devemos observar que o nosso volume muscular será diminuído. Isso se deve a que nossos músculos estão perdendo seu “preenchimento” de carboidratos e líquidos.
• Se damos um terceiro passo, veremos que estamos nos expondo a sofrer lesões de ordem muscular, em grande medida, relacionadas com os sintomas expressos no início.
• Indo para o mais interno no corpo, vemos como o excesso de proteínas de origem animal consumidos lentamente nossos ossos e se sobrecarregam nosso fígado e dos rins, do aumento dos resíduos metabólicos.
• Por último, como vários terão experimentado, abrimo-nos não só a estancarnos na descida, mas a recuperar o peso quando esta “dieta” é abandonada, voltando ao peso inicial ou mesmo janemba.
O que podem ser essas dietas?
• Como “choque” em um plano de descida equilibrado, ao realizar-se durante um par de dias consecutivos (2 ou 3).
• Para dar um peso menor que o “real” na pesagem de um esporte por categoria de peso.
• Não seria tão prejudicial em pessoas sedentárias. De todos modos, deve ser feito um plano adequado de proteínas e rico em frutas e vegetais, com o fim de ser simplesmente um recorte calórico.
Para finalizar, gostaria de destacar que os carboidratos são a nossa fonte de energia principal. É claro que há diversas qualidades em relação aos mesmos, e sempre que possível, deve-se optar por consumir os de ordem “complexo” (cereais integrais, legumes, frutas e verduras com casca). Ao mesmo tempo, as quantidades ingeridas desse nutriente devem estar relacionadas com o tipo de treinamento e/ou atividade de trabalho que se realize.